*Não consegui encontrar fotos da verdadeira Aya...*
"Porque essa doença me escolheu?
Destino é algo que não se pode colocar em palavras."
"Quero construir uma máquina do tempo e voltar ao passado.
Se não fosse por essa doença, eu conseguiria me apaixonar e não depender de ninguém para viver."
"Com tanta raiva, com tanta vergonha, sem poder fazer nada...
Eu choro. Que fraca, não?"
"Não tem como, estou triste.
Estou só! Estou só!
Tempo! Pare!"
"No céu azul, eu vi as nuvens brancas flutuarem de um modo lindo."
"Eu não direi mais que quero voltar àquele dia.
Vou viver aceitando o eu de agora."
"Ontem eu disse 'adeus' à você.
Você também disse 'adeus'.
Quaisquer palavras que falássemos,
Fiquei feliz em poder conversar com você.""Aceite a realidade."
"Apesar de ter me machucado com esses olhares sem coração,
Eu percebi que havia também olhares de gentileza.
Por isso eu não vou fugir.
Assim eu farei, com certeza, sempre."
"Não posso fugir das pessoas, isso seria fugir de mim mesma."
"A alegria vem depois da tristeza."
"Não posso amolecer.
Serei rigorosa comigo mesma.
É meu próprio corpo, por isso, não posso desistir."
"Eu sinto que sou amada. Dentro do calor da minha família."
(Quando a Aya tem que sair da escola, sendo transferida para uma escola para deficientes)
"Eu gosto do som das bolas ecoando no ginásio.
Da sala quieta depois da aula.
Da paisagem que se vê da janela.
Do piso de madeira do corredor.
Das conversas em frente à sala de aula.
Gosto de tudo.
Talvez eu só esteja incomodando,
Talvez eu não esteja ajudando ninguém,
Mesmo assim, eu quero ficar aqui.
Afinal aqui é o lugar onde estou."
"Eu agradeço por ser vista igualmente pelos meus amigos
'Eu passei a gostar de ler graças à você',
Foi o que me disseram.
'Ah, que bom.'
Eu não causei apenas incômodo a elas.
Pensando assim, não me importei muito."
"Faltam quatro dias até o fim das aulas.
Parece que por minha causa,
todos estão segurando mil garças de papéis.
A imagem deles segurando-os com tanto esforço,
Guardarei no fundo dos meus olhos,
Para que eu nunca esqueça, mesmo estando separados.
Mas...
Eu queria que dissessem:
'Aya-chan, não vá'."
"Foi preciso 1 litro de lágrimas."
(Ichi Rittoru no Namida)
"Felicidade?
Você é feliz?
Estou à procura,
no fundo do meu coração,
Para que eu seja feliz."
"O que tem de mais em cair?
Você pode se levantar de novo.
Se olhar o céu depois de cair, o céu azul, hoje também,
se estende infinitamente e sorri."
"Eu estou viva!"
(Ichi Rittoru no Namida)
"A Luz da manhã,
Em frente ao portão desta escola, há uma parede.
Acima dessa parede, vê-se a luz da manhã repousando sobre ela.
Um dia, quando olho para cima,
A parede faz uma respiração breve.
Essa parede é o meu obstáculo.
Mesmo que eu grite, mesmo que eu chore, ela não desaparece.
Mas, no momento em que o Sol bate,
Também não bateu nesta parede?
Sendo assim, mesmo eu parece que vou encontrar.
Vou encontrar!"
Kifuji Aya (o nome verdadeiro da Aya)
"Parando os meus pés, vou viver o presente!
Mesmo que um dia eu perca o sonho que desisti, não é bom passar para outra pessoa?
As pessoas não deviam viver o passado,
É o suficiente fazer o possível no presente."
"Não consigo mais voltar ao passado.
Nem meu coração, nem meu corpo."
"Encontro-Separação-Encontro.
Todas as pessoas são seres que não conseguem viver sozinhos."
"Ao lembrar do passado as lágrimas escorrem inevitávelmente.
A realidade é muito cruel, muito rígida.
Não posso nem ao menos sonhar.
Se imaginar o futuro, ainda outras lágrimas escorrem."
"Por qual motivo estou vivendo? Aonde eu devo ir?
Apesar de não conseguir respostas, se escrever meus sentimentos ficam melhores.
Estou à procura de muitas mãos.
Mas não consigo alcançá-las, não consigo notá-las,
Apenas sigo em direção à escuridão.
E apenas ouço minha voz que grita sem esperanças."
(Ichi Rittoru no Namida)
"Amor.
Não tenho nada além de apenas viver me agarrando a isso."
"Não seja impaciente. Não ambicione. Não desista.
Todos caminham um passo de cada vez."
"Não sou a única que sofre.
Aqueles que não são etendidos, aqueles que não entendem, ambos são ruins.
Se eu fosse uma flor, minha vida seria um botão.
Esse começo da juventude, quero guardar sem arrependimentos."
*23 de maio de 1988. 0:55 da manhã Kifuji Aya dorme para sempre aos 25 anos. Cercada por flores, ela parte.
O diário que Aya escreveu desde os 15 anos, vendeu até hoje, 1.800.000 cópias.
Mesmo passando 29 anos, o seu diário continua a transmitir coragem a muitas pessoas.*