quinta-feira

Caio Fernando Abreu - carta para Nair e Zaél Abreu

"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como 'eu gosto de você'. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida - como quem olha uma janela - mas não sabe vivê-la."

São Paulo, 12 de Agosto de 1987.

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